domingo, 6 de janeiro de 2008

Definição de Sutura

De Biologia Sutural e o Normal Crescimento Craniofacial (0).

Uma sutura é uma articulação craniofacial na qual, margens contínuas unidas por uma camada fina de tecido fibroso de osso se aproximam. Durante o seu desenvolvimento, a sutura inicial torna-se numa sutura definitiva com interdigitações. As suturas patentes, tanto calvárias como faciais, acabarão por se fechar com a consequente união dos ossos (17) (Tabela 1).

Tabela 1 – Fusão das suturas nos humanos. Modificado por Kokich (54). Baseado nos dados de Todd e Lyon (115,116), Kokich (56), Miroue e Rosenberg (78), e Caffey (13). (b) Desaparece normalmente no terceiro ano; persistindo 10% ao longo da vida.

Há um número de definições diferentes e por vezes redundantes do termo sutura. Na Anatomia de Gray (32), esta é definida como “uma articulação na qual as margens contínuas adjacentes aos ossos, estão unidas por uma camada fina de tecido fibroso.”. Moss-Salentijn e Hendricks-Klyvert (87), definem-na como “uma ligação densa e fibrosa entre ossos intramembranosos que permitem movimentos menores.”. Moss (83,84), distingue entre a Área da sutura, que consiste nos lados adjacentes do osso juntamente com o tecido mole que os separa, e a própria sutura, que consiste unicamente na componente de tecido mole. Além disso, distingue entre a sutura base, na qual a componente de tecido mole é indiferenciada, e a sutura definitiva, na qual os ossos adjacentes mais juntos se aproximam, substituindo-se um simples tubérculo por uma rede multi-laminada (82). É importante notar, que todas as concepções de sutura realçam a sua abertura e funcionalidade, ao contrário do seu futuro encerramento.

Referências:

0 - M. Michael Cohen, Ruth E. MacLean (2000): Craniosynostosis: Diagnosis, Evaluation, and Management, 2nd ed. USA: Oxford University Press.
13 - Caffey J (1961): Pediatric X-ray Diagnosis, 4th ed. Chicago: Year Book Medical Publishers, Inc.
17 - Cohen MM Jr (1997): Transforming growth factor βs and fibroblast growth factors and their receptors: Role in sutural biology and craniosynostosis. J Bone Miner Res 12:322-331.
32 - Goss CM (1959): Gray's Anatomy, 27th ed. Philadelphia: Lea & Febiger.
54 - Kokich VG (1986): Biology of sutures. In: Cohen MM Jr (ed), Craniosynostosis: Diagnosis, Evaluation, end Management. New York: Raven Press, pp. 81-103.
56 - Kokich VG (1976): Age changes in the human frontozygomatic suture. Am J Orthodont 69:411-430.
78 - Miroue M, Rosenberg L (1975): The human facial sutures: A morphologic and histologic study of age changes from 20 to 95 years. MSD Thesis, University of Washington.
82 - Moss ML (1954): Growth of the calvaria in the rat. Am J Anat 94:333-362.
83 - Moss ML (1957): Experimental alteration of sutural area morphology. Acta Anat (Basel) 127:569-590.
84 - Moss ML (1958): Fusion of the frontal suture in the rat. Am J Anat 102:141-165.
87 - Moss-Salentijn L, Hendricks-Klyvert M (1985): Dental and Oral Tissues 2nd ed. Philadelphia: Lea & Febiger.
115 - Todd TW, Lyon DW (1924): Endocranial suture closure: Part I. Adult males of white stock. Am J Phys Anthropol 7:325-384.
116 - Todd TW, Lyon DW (1925): Cranial suture closure: Its progress and age relationship. Part II. Ectocranial closure in adult males of white stock. Am J Phys Anthropol 8:23-45.

Sem comentários: